quinta-feira, 28 de maio de 2009

O cinema está vivo

(clicar para ampliar)

No passado fim de semana, tive a felicidade de poder assistir ao filme " Cada um o seu cinema" (2007), uma tradução discutível de "Chacun son Cinema". A obra nasceu a propósito dos 60 anos do festival de Cannes. Trata-se de um registo colectivo, composto por 33 curtíssimas metragens de 3 minutos, criadas por outros tantos realizadores, cujos nomes poderão ser vistos ampliando o cartaz em cima. O tema comum é o próprio cinema, as salas, a relação entre a arte e o espectador. A forma de abordagem é diversa, abarcando desde o cómico até ao sarcástico, passando pelo dramático. Um dos momentos fulgurantes da obra acontece no segmento "Três Minutos", de Theo Angelopoulos. Precisamente quando Jeanne Moreau lê "para" Marcelo Mastroiani o mesmo poema que quarenta anos antes o personagem do actor italiano tinha lido à sua mulher, na sequência final de "A Noite", de Antonioni. Um filme que, por mero acaso, vi há pouquíssimo tempo. Um momento mágico, realmente comovente. É assim o cinema.

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